Quando viajou de avião você notou se havia algum passageiro engessado na aeronave em que estava? Nunca prestamos muito atenção nisso não é mesmo?
Hoje vamos falar sobre algo que você provavelmente não sabe, se é permitido ou não viajar engessado, e quais as providências tomar para conseguir realizar o embarque nestas condições. Apesar de você provavelmente nunca ter notado um passageiro com gesso dentro do avião, é possível sim embarcar. Porém, as empresas estipulam algumas regras de segurança, e caso essas medidas não sejam cumpridas à risca, o passageiro corre um sério risco de perder o embarque e não seguir adiante!
O que fazer caso tenha que engessar para viajar?
É verdade que o transporte aéreo é considerado atualmente um dos meios mais democráticos que existe, qualquer pessoa independente de sua condição física pode realizar uma viagem. Porém, como sempre falamos por aqui, quando existem especificidades relacionadas ao bem estar e a saúde do viajante, essa regra muda e passam a existir algumas medidas, às vezes até restritivas antes do embarque.
O caso de fraturas é um bom exemplo disso, a gente sabe que ao ser acometido de alguma fratura no osso, é necessário engessar parte do corpo para estabilizar a região a fim de controlar os movimentos, e assim o osso consegue se regenerar. Este procedimento é feito com o gesso, pois dessa maneira a região da musculatura fica fortalecida e imóvel para que as células de regeneração possam trabalhar. Agora considere que, dias antes de embarcar em uma viagem de avião, você sofre algum tipo de acidente e consequentemente fratura o braço ou a perna. O que fazer? Como viajar engessado?
Se sua lesão for em membro inferior, para poder seguir com sua viagem a Agência Nacional de Aviação Civil - ANAC, recomenda a compra de um outro assento, para que você possa ficar com a sua perna estendida, ficar muitas horas sentado faz com que o sangue não circule normalmente. Além disso, vai ser exigido por parte da empresa o preenchimento do MEDIF (Medical InformationForm), um formulário das companhias aéreas, que atesta se o passageiro é portador de algum tipo de deficiência e está apto a viajar. Também deve entregar um atestado médico emitido pelo profissional que realizou os procedimentos, sendo que neste documento precisa constar qual foi o tipo de lesão sofrida.Vamos supor que a viagem seja internacional e são muitas horas de voo, por medida de segurança o viajante precisa “valvular o gesso”. Voar com gesso traz alguns riscos, por conta disso ele deve ser aberto em suas extremidades, com cortes no sentido longitudinal nas partes mais duras e sólidas, prevenindo problemas circulatórios e possíveis desconfortos. Este tipo de intervenção é indispensável, a razão pela qual esse procedimento de “valvular” o gesso é necessário, se deve ao fato de que a pressão atmosférica dentro da cabine é inferior à pressão que estamos acostumados aqui na superfície, e esta mudança de pressão pode fazer inchar suas mãos e pés. O que torna o gesso apertado, prejudicando a circulação sanguínea e a oxigenação do membro. E só após 48 horas do recebimento e análise de todos estes formulários e documentos, a empresa pode emitir um parecer que vai certificar que o passageiro está em condições de viajar, ou se vai precisar de acompanhamento especial durante o voo, como por exemplo o uso de cadeiras de rodas para se deslocar até o avião, uso de bengalas ou muletas que poderão ser transportados gratuitamente na cabine de passageiros. Taxas adicionais somente nos casos de passageiros levados em macas ou utilizando outros equipamentos médicos. Outro benefício que as empresas aéreas oferecem em caso de passageiros que necessitam de acompanhante, é o desconto de até 80% de desconto na tarifa cheia da passagem. Tendo tudo isso resolvido antes do embarque, a viagem vai transcorrer com tranquilidade, caso contrário sem toda documentação exigida o passageiro será impedido de embarcar.
Cada companhia opera um prazo para o envio deste formulário, lembre-se de se atentar às datas estipuladas pela empresa com a qual vai fazer sua viagem. Geralmente este prazo varia entre 48 horas e 72 horas antes do embarque.
A propósito, é bom nunca esquecer que em caso de atrasos ou cancelamentos de voos, todos os pacientes que tenham essas necessidades devem ser assistidos pela empresa durante todo tempo em que estiverem na espera do próximo voo. E é por isso que você pode contar com a Resolvoo e sua equipe de especialistas, se enfrentar problemas de atrasos ou cancelamentos de voo, te ajudaremos a avaliar se seu caso é passível de indenização.
Embarcar em uma viagem é embarcar nas possibilidades de encarar algumas surpresas que no trajeto pode não ser sempre agradáveis, acidentes é um dos perrengues que podem alterar todo o roteiro programado. Torcemos para que este nunca seja seu caso, mas ao menos agora que você já sabe, quais as principais exigências das empresas para o embarque de passageiros engessados.
